Se o pedido for atendido, Estado terá de alterar plano de imunização.
PAULO EGÍDIO GZH
Entidades que representam servidores da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul ingressaram na Justiça pleiteando uma liminar para que as categorias recebam imediatamente a vacina contra o coronavírus. Pelo atual plano de vacinação elaborado pelo governo do Estado, os trabalhadores da segurança já estão entre os grupos prioritários, mas no 12º lugar entre os subgrupos listados pela Secretaria da Saúde
Na atual regra, os policiais serão imunizados depois de toda a população com 60 anos ou mais, indígenas, quilombolas, pessoas com comorbidades, trabalhadores da educação, pessoas com deficiência e em situação de rua, população carcerária e trabalhadores do sistema prisional. Na ação judicial, as entidades pleiteiam que a ordem seja alterada, para que os militares sejam vacinados de imediato.
O pedido foi ajuizado pela Associação dos Oficiais da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros (AsofBM), pela Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (Asstbm) e pela Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf), que representa os cabos e soldados.
O sargento Ricardo Agra, diretor de Assuntos Políticos e Institucionais da Asstbm, afirma que, antes de ingressarem na Justiça, as entidades enviaram ofício ao governo do Estado solicitando a inclusão dos militares da ativa no grupo atual de imunização, mas não obtiveram resposta.
— Desde que iniciou a pandemia de covid-19, no ano passado, sete mil policiais foram infectados. Nosso pessoal continua atendendo e nunca parou, por isso estamos pedindo prioridade. No Uruguai, nosso país vizinho, os policiais foram uma das primeiras categorias a serem vacinadas, justamente para não pararem — relata Agra.
A ação foi protocolada nesta sexta-feira (19) e tramita na 10ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre.
Os grupos prioritários para recebimento da vacina foram definidos pelo Ministério da Saúde.