O maior contingente de afastados é na Brigada Militar — que também concentra a maior tropa entre as instituições, com quase 17 mil policiais. Na corporação, 204 agentes estão fora do trabalho de forma preventiva, sem a confirmação de terem contraído o coronavírus. Outros 46 tiveram testes positivos e já recebem tratamento.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), uma policial militar morreu em razão da doença. A soldado Liliane Silveira Quintana, 35 anos, contraiu o vírus no hospital após sofrer um acidente com a viatura e ficar 45 dias hospitalizada.
Gestor do gabinete de crise para a covid-19 da BM, o tenente-coronel Macarthur Vilanova lembra que a corporação distribuiu aos policiais equipamentos de proteção individual, como máscaras, face shield e álcool gel e líquido. Além disso, também instruiu a desinfecção de todas as viaturas após o uso.
Na avaliação do gestor, o trabalho preventivo faz o número de infectados ser baixo em comparação com a tropa.
— A infecção é lenta na Brigada. Temos um número baixo em virtude das providências que temos tomado desde o início. Nossa arma, neste momento, é informação para os policiais, cuidando suas famílias e todos que atendemos — declarou o oficial.
Na Polícia Civil, 12 servidores estão com covid-19 e recebem tratamento. Outros 66 estão afastados preventivamente ou por estarem com sintomas gripais.
Na Superintendência de Serviços Penitenciário (Susepe), seis servidores estão com covid-19 e nove foram afastados.
Também vinculado à SSP, no Corpo de Bombeiros, três agentes testaram positivo e 11 estão afastados.
Por fim, no Instituto-Geral de Perícias (IGP), 20 servidores estão afastados e um foi confirmado com covid-19.
No RS, 63 agentes da área da segurança pública já testaram positivo e estão curados da covid-19. O maior número também é na Brigada Militar, com 45. Um deles é o soldado David Nei Brum Dutra, 41 anos, que passou 13 dias, sendo 10 em coma induzido, internado em uma unidade de tratamento intensivo.
À GaúchaZH, ele contou que viu seu quadro se agravar e foi salvo por médicos do Hospital da Brigada Militar:
— Cuidem-se. Protejam-se. A coisa é seríssima. Só quem passa pelo que passei pode testemunhar o que é essa doença. É coisa horrível. Me senti horrível, tive medo de morrer.
Fonte: GaúchaZH / Vitor Rosa/ ABAMF